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julho 27, 2024 00:07

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Tiro que matou a criança Débora no Ilhotas partiu de PM, aponta exame balístico

Débora Vitória

O Instituto de Criminalísitica do Piauí concluiu nesta terça-feira (13.12.22), os exames de balística solicitados no âmbito do inquérito que apura a morte da criança de 6 anos, Débora Vitória, filha de Dayane Gomes. A menor foi morta durante um assalto à sua mãe, que ocorreu no último dia 11 de novembro de 2022, na rua Jaicós, bairro Ilhotas, Centro Sul de Teresina. No momento do crime, um policial militar que estava próximo e presenciou a ação criminosa trocou tiro com um dos suspeitos.

O assaltante foi preso cerca de 3h após a ocorrência por equipes da Força Tarefa da SSP-PI. A arma do criminoso e a do PM foram recolhidas pela Polícia Civil nos dias seguintes para a realização do exame. O resultado aponta que o disparo que ceifou a vida de Débora partiu da arma do policial, corroborando declarações que a mãe da criança já havia dado à Imprensa durante este ínterim.

“O projétil que foi disparado pela arma dele transfixou o braço esquerdo, atingiu o tórax e se alojou no braço direito, o núcleo do chumbo que estava naquele projétil e ficou aqui [no braço dela], de onde o médico retirou, e aquele encamisamento que usamos para o exame de comparação, que fazia parte do projétil que ficou no local foi o que deu positivo pra arma dele [do PM]”, informou a perita criminal Julieta Castelo Branco, em entrevista à TV Clube.

O advogado da família informou à emissora que aguarda o indiciamento do policial. “Agora [queremos] que o inquérito seja concluído, seja o acusado indiciado pela polícia e posteriormente denunciado pelo Ministério Público e nós vamos acompanhar de perto para que assim, se deus quiser, trazer um acalento para esta mãe que praticamente perdeu a vida junto com a filha”, comentou.

Já a delegada à frente do inquérito, Nathalia Figueiredo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), vê o caso como “dolo eventual”, ou seja, quando alguém não possui vontade de praticar tal ato, mas assume o risco ao seguir adiante.

“Através da análise dos depoimentos que foram colhidos e da dinâmica da situação veio pra mim o convencimento de que, de fato, tratou-se de dolo eventual, que é uma situação na qual mesmo que a pessoa não queira praticar determinado resultado, ela continua praticando a conduta assumindo o risco dessa conduta acontecer. Assim, entendi que houve o dolo eventual e vai caber ao promotor, através da análise, fazer o juízo dele como titular da ação penal e através da denúncia. Ou ele vai entender como homicídio doloso ou homicídio culposo, isso cabe ao promotor”, finalizou a delegada Nathalia Figueiredo.

O CRIME

Na noite da sexta-feira (11.11.22), por volta das 18h30, Dayane Gomes, chegava em sua motocicleta Honda Bros a uma residência na rua Jaicós, bairro Ilhotas em Teresina, quando foi abordada por dois suspeitos em outra moto. Um deles apontou a arma e anunciou o assalto, levando o celular da vítima. Um policial militar que percebeu a ação dos meliantes tentou intervir e efetuou disparos na direção dos bandidos.

A pequena Débora e sua mãe foram atingidas. A criança não resistiu aos ferimentos e foi a óbito. Dayane foi encaminhada ao hospital atingida na coxa, recebendo alta dias depois. A princípio, divulgou-se que o disparo que matou a menor teria partido do assaltante identificado como Clemilton. Durante 3 horas, guarnições da Força Tarefa, Polícia Militar, Guarda Civil Municipal, Diretoria Geral de Operação (DGO), Diretoria de Inteligência (DINT) participaram da caçada ao suspeito, que foi preso já por volta das 22h em um matagal na região. Tentando fugir, ele ainda foi baleado na perna e encaminhado ao hospital, antes de ser encaminhado à Central de Flagrantes.

MANIFESTAÇÃO

O caso teve ampla repercussão na Imprensa local e nacional, nas redes sociais e grupos de WhatsApp, mobilizando debates e cobranças diárias por parte da população. Ao completar um mês desde o ocorrido, amigos e familiares da pequena Débora realizaram ato em frente ao prédio do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), cobrando celeridade nas investigações.

VEJA ABAIXO:

Por Valciãn Calixto

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