Wilian da Silva Alves, de 19 anos, ficou preso injustamente durante sete dias na Penitenciária Mista de Parnaíba. Ele foi acusado de ter participado de um assalto em um comércio na cidade de Cocal, mas câmeras de segurança mostram o jovem em outro local da cidade no mesmo momento do crime.
O jovem permaneceu na penitenciária durante uma semana até que seus advogados levassem para a polícia as imagens onde ele aparecia em outro ponto da cidade. Segundo Batista Filho, um dos advogados de defesa do caso, um dos vídeos mostra Wilian, 19 segundos antes do crime, em um ponto distante mais de 1 km da cena do crime.
“A gente conseguiu duas gravações que comprovavam a impossibilidade dele ter participado do ato criminoso. O Wilian passou numa distância de 1100 metros com uma diferença 19 segundos antes do crime. Para ele estar em um ponto e estar nesse outro 19 segundos depois ele teria que atingir uma velocidade de 208 km por hora, isso em linha reta”, explicou à TV Antena 10.
À TV Antena 10, Wilian contou que essa foi a pior semana de sua vida. O jovem, que também teve seus cabelos rapados durante a estadia na prisão, comentou que passou por muita pressão psicológica. No dia do crime o jovem foi abordado e levado para a cena do crime. Lá o dono do comercio teria o reconhecido como autor do crime.
“Foi a pior semana da minha vida. Eu passei por muita pressão psicológica. Coisas que eu nunca pensei que passaria na minha vida. Eles disseram que era uma abordagem normal, já me algemou e colocou na viatura. Me levaram no local do crime e o comerciante me acusou dizendo que era eu, sendo que não tenho envolvimento com o caso”, disse Wilian.
O advogado Batista Filho disse ainda que um segundo vídeo mostra Wilian em outro ponto da cidade com seu cunhado enquanto outra câmera de segurança mostra, no mesmo momento, o suspeito real do assalto fugindo de motocicleta.
No Brasil, país que ainda mostra altos índices de preconceito e racismo, mais de 80% dos presos injustamente são negros. Esses dados foram tirados de casos já encerrados onde a inocência dos suspeitos foram provadas.
Fonte: Portal A10+
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