O teresinense e ex-estudante de medicina, Marcos Vitor Aguiar, de 24 anos, condenado a 33 anos de prisão por estupro de irmãs e prima foi preso na tarde de terça-feira (17.01.23) pela Interpol na Argentina. O estuprador usava nome fake e ostentava uma “vida nova” nas redes sociais.
Ao ser abordado numa via pública, perto de um shopping de Mar del Plata, o criminoso usou um nome falso, mas logo “caiu em contradição”. Com esse nome falso, ele tinha morado num hostel e conseguido trabalho em restaurantes argentinos. Marcos Aguiar confessou ser ex-estudante de medicina em Manaus, no Brasil, e revelou seu nome verdadeiro, e disse ser natural de Teresina, capital do Piauí.
Nos seus dias na capital argentina, ele desfrutou de diversos pontos turísticos e compartilhou registros da sua nova vida nas redes sociais, deixando pistas para os investigadores, apesar do nome inventado. O ex-estudante de medicina era procurado internacionalmente, até que surgiram os “indícios cibernéticos” de que ele estaria em terras portenhas.
“Fizemos diligência em ambiente cibernético (rede social), cruzamos informações e aí pegamos indícios de que ele poderia estar em Buenos Aires”, contou o superintendente de Operações Integradas da SSP/PI, Matheus Lima Zanatta. A investigação iniciada no Piauí incluiu a Interpol no Brasil e, na sequência, a Polícia Federal e a Interpol na Argentina.
Na busca pelos rastros do ex-estudante, os policiais argentinos tinham encontrado, há dois meses, em Palermo, um brasileiro com as características que tinham sido enviadas do Brasil. Mas o nome do rapaz localizado era diferente – o nome falso que ele usava.
Quando soube que tinha sido descoberto e que seu nome tinha aparecido na imprensa no Brasil, o ex-estudante fugiu para Mar del Plata. “Depois de Palermo, tivemos que recomeçar a investigação praticamente do zero”, disse Zanatta. As investigações, incluindo o acompanhamento nas redes sociais, foram, então, intensificadas.
Cabeludo, mais magro e com a barba crescida, o ex-estudante foi preso e levado para a delegacia da Polícia Federal da cidade. Ele deverá continuar preso até ser extraditado para o Brasil e levado pelos policiais federais brasileiros para a capital piauiense.
Ele não resistiu ao admitir ser quem de fato era e ao ser preso, segundo o delegado da Polícia Federal do balneário, Damián Stagliano. O delegado da Interpol Argentina, Diego Verdum, da divisão de fugitivos e extradições, disse que foram vários dias seguindo os passos do ex-estudante – e numa época em que Mar del Plata costuma estar lotada de turistas em busca de sol e de mar.
Segundo o delegado Matheus Zanatta, o translado do criminoso será de responsabilidade da Polícia Federal Brasileira, que o trará até o Piauí para que então seja cumprida a pena em Teresina.
Redação RP50, com informações da BBC
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