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Tecnologia em perícia criminal auxilia na resolução de crimes no Piauí

Portal RP50

13/08/2023

as 20:36

 

A Polícia Civil do Piauí, através do Departamento de Polícia Científica (DEPOC) e do Instituto de Biometria Forense (IBF), vêm realizando trabalhos em perícia criminal com técnicas especializadas que permitem identificar corpos em avançado estado de decomposição.

 

A técnica que vem se destacando, é a de biometria forense. Esse processo de identificação já existe e analisa vestígios papiloscópicos, ou seja, analisa as impressões digitais, processo também utilizado para a identificação de cadáveres, o que auxilia na resolução de crimes bem como na liberação de corpos que chegam ao IML no Estado do Piauí.

 

Para que a identificação possa ser feita no corpo de uma vítima que esteja em avançado estado de decomposição, parte do corpo passa por um método de hidratação da pele, com o objetivo de reconstituir as cristas epidérmicas, que são sulcos que marcam as superfícies das palmas dos dedos das mãos, e também das solas e dedos dos pés, formando as impressões papilares. Essas marcas constroem um padrão de linhas.

 

Na última segunda-feira (31), foi encontrado na região do bairro Parque Sul, Zona Sul de Teresina, um corpo em estado avançado de decomposição, já no período de redução esquelética, que é caracterizado pela desintegração da pele, tecidos moles e alguns órgãos devido a um processo de liquefação. Após exames solicitados pelo Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), a vítima pôde ser identificada.

De acordo com o Gerente do Instituto de Biometria Forense de Polícia Científica do Piauí, Doutor Juarez Carvalho, o instituto agora dispõe de um Sistema automatizado de identificação biométrica (ABIS), que proporciona identificações em larga escala.

 

“Conseguimos identificar os corpos para que o Instituto Médico Legal possa liberar aos familiares, com os mesmos métodos científicos que garantem precisão e veracidade nas identificações civis e criminais*.

Neste ano de 2023, já identificamos 46 corpos que chegaram ao IML e que não puderam ser liberados a partir do reconhecimento.

 

“A utilização de sistemas ABIS na biometria forense é uma inovação para o Estado do Piauí, essa tecnologia utiliza realiza a comparação de características biométricas (impressão digital e face, por exemplo) de um indivíduo com às amostras existentes em um banco de dados biométrico. Garantindo a unicidade de uma pessoa no banco de dados e evitando possíveis fraudes”, declarou Juarez Carvalho.

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