A Secretaria da Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) realizou, na manhã desta quarta-feira (13), o Dia D da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. A iniciativa, promovida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), ocorreu no Espaço da Cidadania Digital, na região Centro-Norte de Teresina.
A campanha, que começou no dia 5 e segue até esta sexta-feira (15), incentiva familiares de desaparecidos a doarem material genético. As amostras serão inseridas nos bancos estaduais e no Banco Nacional de Perfis Genéticos, permitindo o cruzamento com dados de pessoas falecidas ou vivas sem identificação, o que pode ajudar na localização ou identificação de desaparecidos.
Segundo Adilana Soares, gerente do Instituto de DNA Forense (IDNA-PI) da Polícia Civil, em 2024 já foram coletadas mais de 1.600 amostras em todo o país. No Piauí, foram registradas 64 coletas, relacionadas a cerca de 40 casos, com cinco identificações concluídas.
“A campanha é uma resposta concreta às famílias que vivem a angústia do desaparecimento de entes queridos”, destacou Adilana.
Durante o evento, familiares aproveitaram para reforçar a importância da ação. Francisca Dominga, que busca o irmão Adão Barbosa do Santos, desaparecido há 40 anos após viajar para Brasília (DF), destacou sobre o sentimento de esperança.
“Aqui é uma esperança para encontrar o meu irmão, com fé em Deus. São muitos anos de procura e espera sem notícias.”
O familiar interessado deve procurar um núcleo regional de Polícia Científica do Piauí, apresentando um Boletim de Ocorrência (B.O.) de desaparecimento, emitido em qualquer estado, e documentos pessoais. É recomendado que compareçam dois familiares de primeiro grau (pai e mãe; filho(a) e cônjuge; ou irmãos). A coleta é indolor e não invasiva.
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