A Polícia Militar do Piauí encerrou 2025 com um balanço positivo na condução de ocorrências sensíveis mediadas pela Coordenadoria de Direitos Humanos e Mediação de Conflitos (CDH). Ao longo do ano, o setor acompanhou e coordenou 158 situações de conflito em diferentes regiões do estado, obtendo um índice de resolução pacífica de 96,8%, sem necessidade de emprego da força policial.

As intervenções abrangeram casos considerados de alta complexidade, como reintegrações de posse, cumprimento de mandados de busca e apreensão, manifestações populares, desobstrução de vias públicas e desocupação de prédios governamentais.

As ações ocorreram tanto em Teresina quanto em municípios do interior e seguiram protocolos baseados em planejamento prévio, diálogo institucional e respeito aos direitos fundamentais.

Segundo o tenente-coronel Jamson Lima, responsável pela área de Mediação de Conflitos da PMPI, os números refletem uma mudança concreta na lógica de atuação da segurança pública. “A mediação e a negociação foram adotadas como instrumentos centrais em todas as ocorrências acompanhadas pela CDH. Isso permitiu que, em praticamente todas as situações, não houvesse necessidade de uso de armamento, agentes químicos ou qualquer outro tipo de força”, explicou.

O oficial também destacou que a presença da coordenadoria foi decisiva em conflitos urbanos e fundiários, evitando a escalada da violência e garantindo soluções mais equilibradas. “Os resultados mostram que é possível preservar a ordem pública com técnica, diálogo e respeito ao cidadão”, acrescentou.

Para os próximos anos, a Polícia Militar já projeta a ampliação desse modelo. Em 2026, está prevista a realização do primeiro curso específico de mediação de conflitos fundiários no Piauí, com a participação de especialistas e autoridades de outros estados.

A iniciativa, que conta com apoio da Secretaria de Segurança Pública, busca qualificar ainda mais o efetivo e fortalecer práticas que priorizem a resolução pacífica de conflitos.