O secretário de Segurança, Chico Lucas, concedeu uma coletiva na manhã desta sexta-feira (15), na sede da SSP, com o objetivo de detalhar o contexto do crime, a rápida atuação do Estado e as medidas de segurança que serão adotadas nos próximos meses.

Chico Lucas destacou a mobilização imediata das equipes: na madrugada seguinte ao crime, quatro envolvidos foram presos, enquanto outros permanecem foragidos. O secretário enfatizou que o caso já vinha sendo acompanhado: a direção da escola havia alertado a Secretaria sobre o risco envolvendo o menor suspeito, que possuía nove registros criminais. A DRACO havia visitado o colégio na semana anterior, como parte de um projeto de aproximação com a comunidade escolar.

O secretário criticou o sistema de responsabilização de menores, a promotoria e a Justiça, pela omissão no julgamento e cumprimento de medidas socioeducativas. Segundo ele, o menor autor do disparo foi preso diversas vezes em 2024, mas liberado rapidamente, e a ausência de julgamento tornou inevitável o homicídio.

“Em 21 de janeiro, o menor foi preso por roubo e internado provisoriamente por 45 dias, mas, sem julgamento, foi solto. Em 25 de maio, foi novamente detido por roubo, liberado em 14 de julho e, em menos de um mês, voltou à escola onde ocorreu o crime. O Estado acompanhava o caso, mas ficou de mãos atadas diante da ausência de julgamento”, afirmou Chico Lucas.

Diante desse cenário, o secretário anunciou o encerramento da Delegacia de Proteção ao Menor. A partir de agora, crimes cometidos por menores serão investigados pelas delegacias especializadas correspondentes: DHPP para homicídios, DRACO para crimes ligados a facções, DENARC para tráfico de drogas e DRFV para roubos e furtos de veículos.

Chico Lucas concluiu afirmando que o Estado cumpriu seu papel, mas criticou a postura tolerante do judiciário e solicitou o apoio da imprensa no acompanhamento das decisões das autoridades judiciais.