Preso em 2.021 pelo Grupo de Repressão Crime Organizado (GRECO), o homem identificado como Gildo Inácio da Silva, mais conhecido como Bicudo, foi condenado a 10 anos de cadeia por ser o mentor do transporte ilegal de forte carregamento bélico, que seria utilizado em assalto a bancos. A sentença foi declarada pela 2º Vara da Comarca de Valença e assinada na última segunda-feira (25.07.22) pelo juiz de Direito Franco Morette Felício de Azevedo.
Segundo o documento, Gil possuía outras duas condenações e em 2.021 era considerado fugitivo da Justiça piauiense acusado de participar do assalto ao Banco do Brasil de Miguel Alves, que ocorreu em 2.020, crime pelo qual foi condenado a sete anos de prisão em abril de 2.022.
Entretanto, as investigações que culminaram na condenação aqui relatada tiveram início quando Policiais Rodoviários Federais interceptaram um veículo na noite de 31 de julho de 2.021 durante abordagem no município de Valença do Piauí. João Romão de Lima Pena e Maurício Leite Alves foram presos em flagrante transportando bananas de dinamite, entre outros materiais.
Uma vistoria realizada dia 21 de setembro daquele por policiais do GRECO e agentes do Instituto de Criminalística constatou que a dupla transportava um fuzil AK-47, 300 munições, 71 explosivos, carregadores para fuzil calibre 7.62 e rolos de cordel detonante, que são comumente usados em assaltos a bancos mediante explosão de caixas eletrônicos.
Já no dia 29 de setembro Gildo foi preso após uma campana do GRECO na zona rural do município de Livramento, Estado da Paraíba. Um celular apreendido em seu poder estava vinculado a João Romão, comprovando a ligação entre os dois e que o material bélico apreendido seria entregue pela dupla a Gildo.
Comprovada a materialidade e ligação entre os acusados, e também levando em consideração o calibre dos explosivos que, segundo a Justiça “o forte poderio bélico encontrado em seu poder, com fuzil de grosso calibre e munições para se fazer uma guerra, além de explosivos capazes de mandar um quarteirão inteiro pelos ares”, é que o trio foi condenado.
A pena de Romão foi fixada em 7 anos e 7 meses, além de 60 dias-multa; Maurício vai cumprir oito anos e dois meses, além de 70 dias-multa; e Gildo, “considerado ser o mentor intelectual da empreitada criminosa executada pelos comparsas, que resultou no transporte de material bélico característicos de zonas de guerra”, teve pena declarada em 10 anos e 90 dias-multa. Somado aos sete anos da condenação anterior pelo assalto ao banco de Miguel Alves, ele totaliza uma pena de 17 anos.
Sua prisão no Estado da Paraíba contou ainda com apoio da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil do Piauí, em parceria com a Polícia Civil da Paraíba, através da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado – DRACO.
O trio inicia o cumprimento das penas em regime fechado.
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