A Polícia Federal deflagrou, na manhã da última quinta-feira (17), a Operação Fraus, visando desmontar uma organização criminosa que, há mais de uma década, vinha fraudando benefícios assistenciais do INSS, especialmente os Benefícios de Prestação Continuada (BPC/LOAS). O grupo é acusado de articular um sofisticado esquema para burlar o sistema previdenciário.
Durante a ação, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro (3), Armação dos Búzios (2), Cabo Frio, São Gonçalo e Casimiro de Abreu. As ordens judiciais foram expedidas pela 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. As investigações revelaram que o grupo conseguiu aprovar 415 requerimentos fraudulentos em apenas seis meses, gerando um prejuízo de mais de R$ 1,6 milhão. A estimativa é que os danos totais aos cofres públicos ultrapassem os R$ 30 milhões ao longo dos anos de atuação.
A quadrilha contava com a participação de servidores públicos, gerentes bancários e outros agentes com acesso a plataformas restritas, como o Meu INSS. Um dos investigados ensinava os demais a aplicar as fraudes, que eram feitas em larga escala. Em alguns casos, a quantidade de benefícios era tão alta que nem todas as contas bancárias eram acessadas, o que levava à suspensão por falta de movimentação. As apurações tiveram início a partir de um relatório do Núcleo Regional de Inteligência Previdenciária no RJ e foram apoiadas pela Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social. Os envolvidos poderão responder por estelionato previdenciário, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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