Duas vítimas denunciaram, nesta noite de terça-feira (24), um golpe imobiliário que afetou dezenas de vítimas em Teresina. O principal suspeito é Ricardo Coutinho, que se apresentava como dono da suposta imobiliária R. Coutinho Imóveis e usava contratos informalmente elaborados para enganar clientes que buscavam adquirir a casa própria. Segundo os relatos, o esquema pode ter vitimado mais de 18 pessoas, com prejuízos que, em alguns casos, ultrapassam R$ 1 milhão.
A Diane Listosa, uma das vítimas, conta que foi indicada a Ricardo por uma conhecida e, após o primeiro contato, ele rapidamente apresentou um apartamento no bairro Santa Maria. Ricardo exigiu uma entrada de R$ 13 mil, mas Diane, desconfiada pela ausência de um contrato formal registrado em cartório, repassou o valor em parcelas. Ao todo, entregou R$ 7 mil.
Diante das inconsistências, Diane procurou a construtora Rivelo, que confirmou que o imóvel não estava em nome de Ricardo, tampouco da esposa. A situação se agravou quando ela soube que o mesmo golpe havia sido aplicado em diversas outras pessoas.
Já a Rayane de Oliveira Silva revelou que caiu no golpe ainda em 2022, após realizar um PIX de R$ 16.500 para a conta do corretor, como pagamento pela entrada de um imóvel.
Segundo Rayane, até mesmo sua prima está em risco de ser despejada do imóvel, pois o corretor havia prometido realizar um pagamento de R$ 16 mil ao verdadeiro dono da casa — valor que nunca foi quitado. No momento da prisão, Ricardo tentava aplicar um novo golpe em outra vítima, que por pouco não assinou o contrato e repassou o dinheiro.
A mobilização das vítimas resultou em uma ação coletiva e a prisão em flagrante do acusado, com apoio da Polícia Civil. A abordagem aconteceu no momento em que ele estaria prestes a concluir mais um esquema. Ainda de acordo com Rayane, nem mesmo os corretores que atuavam com Ricardo sabiam da fraude e, agora, também se identificam como vítimas.
O caso segue sendo investigado pelas autoridades. O advogado de Ricardo Coutinho afirmou que ainda está tentando entender os motivos do acusado, que permanece detido na Central de Flagrantes.
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