Maria Odélia de Aguiar Medeiros, mãe da vereadora Tatiana Medeiros, admitiu ter entregue um celular à filha durante o período em que ela estava custodiada no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Piauí (QCG), em Teresina. A parlamentar está presa sob suspeita de envolvimento com facção criminosa, além de responder por crimes eleitorais, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Durante uma vistoria realizada na última quarta-feira (21), foram encontrados um celular e um tablet com Tatiana. A descoberta levou a Corregedoria da PM-PI a abrir processo administrativo para apurar como os dispositivos eletrônicos chegaram ao local, que deveria seguir rígido controle de acesso.
Segundo o termo de declaração, Maria Odélia afirmou que o tablet estava com a filha desde o dia da prisão e que ela mesma levou o celular posteriormente. A justificativa apresentada foi a preocupação com a saúde mental da vereadora. De acordo com a mãe, o objetivo era garantir um canal de comunicação com Tatiana em caso de emergências.
Ainda conforme a declaração, Maria Odélia negou qualquer envolvimento de policiais ou advogados na entrada dos aparelhos. A suspeita chegou a ser levantada após a própria vereadora afirmar inicialmente que os dispositivos haviam sido entregues por seu advogado.
O promotor Assuero Stevenson defendeu que Maria Odélia também seja investigada, apontando possível conivência ou facilitação de comunicação indevida durante a custódia. O caso segue sob apuração da Corregedoria da PM-PI e do Ministério Público.
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