Uma ação deflagrada nesta sexta-feira (13) no município de Timon, no Maranhão, teve como alvo uma rede criminosa que operava tanto dentro quanto fora de unidades prisionais. A operação, batizada de Mercúrio, foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), com apoio das Polícias Civil e Militar, e revelou um esquema que envolvia advogados na execução de atividades criminosas.

As investigações, que duraram cerca de nove meses, apontaram que advogados agiam como intermediários da facção criminosa Bonde dos 40, transportando mensagens e drogas entre os presos e integrantes fora da prisão. Durante as visitas aos presídios, esses profissionais chegavam a levar entorpecentes, que eram ingeridos pelos presos para transporte interno e posterior comercialização nas celas.

Além das drogas, bilhetes transportados pelos advogados incluíam ordens para cobranças relacionadas ao tráfico de drogas e instruções para manter o fluxo de substâncias ilícitas entre os presídios e a facção. As mensagens também indicavam estratégias para o gerenciamento de pontos de venda de drogas fora das cadeias.

Na operação, foram cumpridos mandados de prisão contra presos já custodiados, além de mandados de busca em locais ligados ao esquema. Dois advogados foram presos em Timon, acusados de participação ativa nas atividades criminosas.

O nome Mercúrio foi inspirado no deus da mitologia romana, associado a mensagens, comércio e furtos.